segunda-feira, 17 de março de 2014

ENTRE TOLDOS DE ITAPUÃ E DE ITAPAGIPE VAI UMA GRANDE DIFERENÇA...

Compreende-se que as obras da Barra teriam que ter toda prioridade possível por causa do Carnaval. Seria terrível o desfile no Circuito Dodô começar na altura do Cristo com a concentração dos Trios Elétricos na Avenida Centenário como já estava se falando, e tanto isso é verdade, que os donos de camarotes aguardaram até o último instante para começar a sua montagem. Noutros anos, um mês antes e já estavam a se instalar. Este ano começaram as obras praticamente há quinze dias.

Por outro lado, não se pode aceitar, entretanto, que as obras de revitalização de Itapagipe já se arrastem por mais de três anos, desde o governo passado, prejudicando todo o visual da Avenida Beira mar naquela localidade.

Para completar o “misère”  fecharam todos os bares no circuito entre a Penha e a Praça Divina, no Porto do Bonfim e quem ia a península para um deleite de fim de semana, pode esquecer. Não tem nem mais onde se sentar. Ainda se passa de carro pelas suas avenidas esburacadas, mas não tem mais onde “ficar”.

Nesse ponto devemos parar para refletir o que vem acontecendo em Salvador desde a retirada das barracas de praia pelo Ministério Público. O baiano e o turista ficaram sem o conforto que esse equipamento proporcionava como sejam: sombra, mesas e cadeiras, serviço de bar e restaurante, chuveiro e começava a se instalar sanitário em muitas delas ou era só exigir e fazer as tubulações necessárias.

Abordou-se acima apenas o detalhe material. No contexto social foram extinto milhares de empregos  e foram extintas centenas de pequenas empresas. Sim, a barraca era uma pequena empresa que pagava seus impostos e mais não fazia por falta de regulamentação e fiscalização do setor, responsabilidade dos poderes constituídos.

Às barracas sucedeu-se o que chamamos “central de isopores” na própria praia. Horrível! Em seguida, tiraram os isopores e se instalaram centenas de mesas e cadeiras com um sombreiro com o nome de uma cervejaria. O abastecimento vinha de um imóvel próximo, alugado que foi ou mesmo de uma central de isopores devidamente camuflada em baixo de uma árvore ou atrás de um muro a certa distância.

No final das coisas sobraram os toldos instalados nas proximidades das avenidas, acima das praias. Temos em Itapuã um exemplo magnífico. Belíssimos! Foram preservados. É um oási naquela solina. Fica-se!

Tínhamos também os toldos da Penha e do Pôço em Itapagipe, também instalados acima das praias. Eram também oasis.

Estes últimos foram agora demolidos, mas os toldos de Itapuã permaneceram intactos. Só queremos saber o porquê os da Avenida Otávio Mangabeira permaneceram intocáveis e os de Itapagipe foram demolidos. Só saber!


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